Quando eu tinha 9 anos, nossa família mudou de casa... uma casa maior e mais ampla... nós nunca havíamos tido um animal de estimação.. embora eu tenha sempre pedido.
Na casa nova, meu pai achou que era importante termos um cão de guarda. Adorei a ideia!
E, numa manhã de sol de domingo, ao acordar, me deparei no quintal com um filhotão de 03 meses de pastor alemão... aquele jeito todo desengonsado mais imponente dos cães de guarda...
Dei o nome de Pluto pela forma de andar... e, a partir deste dia comecei a descobrir o quão maravilhoso é a convivência com os animais!
Não me importava que ele fosse um pastor alemão! Abraçava ele o tempo todo, brincava com ele, ajudava a dar banho, ensinei a dar a pata e, sem adestramento específico o Pluto era o grande defensor da família! Ai de quem chegasse perto de nós e não se mostrasse amigo! Mas ele sabia reconhecer os amigos e nunca agrediu ninguém.
Era o meu companheiro da infância, meu melhor ouvinte nos meus desabafos de adolescente e aquele que sempre me esperava no portão quando comecei a ficar ausente o dia todo para trabalhar e ir à faculdade...
Ele sempre me esperou e eu sempre soube que podia contar com ele... aprendi a amá-lo e respeitá-lo.. lembro até hoje do seu cheiro... do seu pelo.. e do seu carinho!
Pluto nos deixou aos 10 anos por problemas no sistema renal... sofri... aliás toda a família sofreu! Ele era um de nós!
Mas cumpriu sua missão como o mais perfeito dos anjos guardiões: nos protegeu, doou o seu amor, foi nosso companheiro incondicionável e ensinou uma família o respeito pelos animais!
